Atualizado em Fev/2013

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quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

A história das GPs no Brasil.


As GP-9L e GP-18 (EMD-GM) da EF Araraquara

As GP-9 começaram a ser fabricadas em Abril-1954 com término em Agosto-1963, num total de 4.107 unidades. As GP-18 tiveram sua produção iniciada em Dezembro-1959 e terminada em Novembro-1963, num total de 405.

No Brasil, as GPs foram compradas pela Estrada de Ferro Araraquara (EFA), sendo as únicas do País.

Sua escolha pela EFA, acredita-se que foi baseada nas informações de "performance" prestadas pela Eletro Motive Division (EMD) da General Motors, segundo as quais, elas seriam as locomotivas mais adequadas para o traçado e o tipo de serviço da ferrovia.

Assim, foram compradas inicialmente, em 1957, 5 GP-9L (L=Light Weight), pois os recursos financeiros não permitiram uma aquisição maior, e somente em 1960 foi possível a compra de 12 GP-18.

As GP-9 adquiridas pela EFA, eram da última fase de produção (Fase III), com período de fabricação datado entre 1957 a 1959, enquanto para a GP-18 só existiu uma única versão, que é a mesma da GP-9 Fase III. Essas GPs são as únicas que rodam em bitola 1,60 metro, sendo todas com nariz alto e sem gerador de vapor.

Uma característica marcante dessas locomotivas, é a utilização do truque tipo Flexcoil — que é um truque para "exportação", de construção leve e apropriado para serviço pesado e/ou utilização em vias com trilhos de baixa capacidade por metro — em vez do tradicional Blomberg.

Esse tipo de truque é o mesmo que equipa as locomotivas G12 e G22U.

As GPs operaram inicialmente na linha tronco da EFA, tracionando trens cargueiros e de passageiros. Posteriormente, com a formação da Fepasa, parte delas foi transferida para a Regional de Campinas, para puxar os trens de combustíveis da Refinaria do Planalto (Replan, da Petrobrás), em Paulínia, SP.

Estas locomotivas gozaram de excelente reputação na época, pois sua manutenção era simples, bem como sua operação, resultando com isso em elevado desempenho.

O ronco de seu motor de 16 cilindros é algo fora de série. Para aqueles que tiveram o prazer de ver essas locomotivas em “ação”, sabem do que estou falando. Em determinados locais, era possível ouvir seu ronco à kms de distância, assim como o seu apito peculiar.



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